Espécie nativa da Amazônia pode virar biodiesel

Palmeira nativa das florestas tropicais, a macaúba (Acrocomia aculeata), também conhecida por macaúva, coco-baboso ou coco-de-espinho, se constitui hoje uma nova alternativa de matéria-prima para a produção de biodiesel. A espécie grande dispersão no Brasil e em países vizinhos, entre os quais Colômbia, Bolívia e Paraguai. No Brasil, a macaúba é encontrada com facilidade em Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A planta também está sendo amplamente espalhada em áreas de Cerrado.

“É uma espécie de grande importância para a produção do biodiesel”, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Leonardo Bhering. De acordo com Bhering, esta palmácea se destaca pelo seu potencial para a produção de grandes quantidades de óleo por unidade de área, além da possibilidade de utilização em sistemas agrossilvopastoris.

Existem vários relatos de utilização tradicional da macaúba como fonte de óleo para fins alimentícios, fabricação de sabões e queima para fins de iluminação e aquecimento.Essa palmeira apresenta significativo potencial de produção devido ao elevado teor de óleo e capacidade de adaptação a densas populações. As produtividades potenciais por área assemelham-se à do dendê, podendo chegar a mais de 4 mil quilos de óleo por hectare.

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