Representantes do setor de transportes brasileiros, defendem incentivo a caminhões menos poluentes

Na opinião de entidades representantes do setor de transportes de cargas, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria também contemplar a renovação da frota de caminhões. A falta de ações para favorecer o uso de combustíveis menos poluentes, como etanol e biodiesel, é criticada. Procurado, o banco informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que até o momento não há previsão de ampliar a medida para caminhões.

Como parte do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, o Procaminhoneiro foi prorrogado para 2011 com novo orçamento de R$ 75 bilhões. As taxas de financiamento foram alteradas de 4,5% para 7% ao ano. Fora do Procaminhoneiro, o juro para ônibus e caminhões foi para 10%. O único incentivo a tecnologias sustentáveis é a prática de uma taxa menor, de 5% ao ano, para ônibus com tração elétrica e híbrida, que combina eletricidade com combustíveis como biodiesel e etanol.

Para Neuto Gonçalves, diretor-executivo da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), o mesmo incentivo seria necessário também para a frota de caminhões. "Deveriam ser iguais as oportunidades. Se o ônibus polui, o caminhão polui do mesmo jeito. Você vai usar em algum momento um veículo a gás, híbrido, elétrico, e deveria ter algum tipo de incentivo sim", defende.